O Secretário de Desenvolvimento Urbano, Nilvado Panossian, esteve na Câmara de Vereadores, na segunda-feira (27), para falar sobre as ações desenvolvidas pela pasta.
Ele também foi questionado pelos vereadores e falou sobre o muro de proteção que separa a rua Ribeirão Preto da linha férrea, construído pela empresa Rumo. A construção próxima do meio fio não deixou espaço para calçada. A situação foi mostrada em uma reportagem, na edição do dia 10 de junho, do Jornal PRIMEIRAFEIRA.
“Fomos levantar e de fato estão na faixa de domínio deles. A conclusão que chegamos é que o errado está a rua e não o muro. Eu pedi para fazerem uma defensa metálica e uma calçada de um metro e vinte para manter uma certa proteção. Ficaram de fazer. Ainda tenho esperança que eles façam”, afirmou o secretário.
Entretanto, o vereador Gideon Tavares afirmou que antes da construção da mureta, existia um espaço de calçada, que não foi respeitado. “A rua já existia quando a linha férrea passou e quando passou, a mureta respeitou a calçada. Só não foi feita, mas o espaço foi deixado”, disse.
“Isso não foi tratado diretamente comigo. Foi em outras áreas da prefeitura, mas o que posso prometer é que vamos revisar isso”, prometeu.
Salto x Indaiatuba
Na ocasião, Nivaldo citou ainda um embate judicial envolvendo Salto e Indaiatuba por conta de um condomínio residencial, na divisa entre os municípios. “Nós pedimos informações precisas de nossos limites ao Instituto Geográfico e Cartográfico de São Paulo porque várias situações de propriedades estão em dois municípios. É o caso daquele loteamento perto do Piraí, tem interferências perto do Monte Belo, na Sete Quedas… Tem até um negócio altamente interessante para a Prefeitura (de Salto), que é um loteamento de altíssimo padrão: O Helvécia. Ele inclusive é objeto de uma ação civil entre as prefeituras de Salto e Indaiatuba, com uma descrição dúbia do que é a divisa entre Salto e Indaiatuba. A divisão cita um córrego barreirinha e o mapa mostra dois córregos com o mesmo nome, sendo que um favorece o município de Salto e outro o de Indaiatuba nessa questão. E essa questão jurídica ainda não terminou”, afirmou.
O secretário falou que a disputa pode representar um incremento de aproximadamente R$ 3 milhões aos cofres públicos, referente à arrecadação de IPTU. “São glebas de 20 mil metros quadrados que chegaram a pagar em Salto, durante um período de uma administração anterior, mais de R$ 130 mil cada lote de IPTU. É uma receita total de perto de R$ 3 milhões ao ano, que fomos obrigados a abrir mão por não estar caracterizado e não estar seguro”, disse.